sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Precisando de amor




Quem não gosta de ser amado? Ser paparicado? Receber atenção especial, presentinhos e beijinhos doces? Quem não gosta de surpresinhas gostosas, beijo na boca e abraços apertados? Quem é que de livre e espontânea vontade prefere a solidão a uma boa companhia? Ora, todo mundo quer uma boa companhia e de preferência para o todo sempre. Mas conviver com essa 'boa companhia' diariamente por 3, 5, 10, 15, 25 anos é que é o difícil. No começo dos relacionamentos e até 1 ano de vida amorosa, tudo são mais ou menos flores, (se o seu relacionamento tem menos de um ano e já é mais de brigas e discussões, (caia fora dessa fria). Não adianta você dizer que depois de três meses apenas que 'encontrou o amor de sua vida', porque oamor precisa de convivência para ser devidamente testado. Nesse mundo maluco e agitado, as pessoas estão se encontrando hoje, se amando amanhã e entrando em crise depois de amanhã. Uma coisa frenética e louca que tem feito muita gente, que se julgava equilibrada, perder os parafusos e fazer muita besteira. Paixão, loucura e obsessão, três dos mais perigosos ingredientes que estão crescendo nos relacionamentos de hoje em dia por causa da velocidade das informações e o medo de ficar sozinho.
As pessoas não estão conseguindo conviver sozinhas com seus defeitos, vícios e qualidades, e partem desesperadamente para encontrar alguém, a tal da alma gêmea, e se entregam muitas vezes aos primeiros pares de olhos que piscam para o seu lado. É uma guerra para não ficar sozinho. Medo? Com medo de se encarar no espelho e perceber as próprias deficiências? Com medo de encarar a vida e suas lutas?
Então a pessoa consegue alguém (ou acha que está nascendo um grandeamor), fecha os olhos para a realidade e começa a viver um sonho, trancado em si. Mesmo, nos quartos e no seu egoísmo, a pessoa transfere toda a sua carênciapara o (a) parceiro (a), transfere a responsabilidade de ser feliz para uma pessoa. Que na verdade ela mal conhece. Então, um belo dia, vem o espanto, a realidade, o caso melado, o 'falso amor' acaba, e você que apostou todas as suas fichas nesse romance fica sem chão, sem eira nem beira, e o pior: muitas vezes fica sem vontade de viver.
Pobre povo desse século da pressa!
Precisamos urgentemente voltar o costume 'antigo' de 'ter tempo', de dar umtempo para o tempo nos mostrar quem são as pessoas.
Namorar é conhecer, é reconhecer, é a época das pesquisas, do reconhecimento...
Se as pessoas não se derem um tempo, não buscarem se conhecer mais, logo embreve teremos milhares de consultórios lotados de 'depressivos' e cemitérios cada vez mais cheios de suicidas 'seres cansados de simesmos...'.
Faça um bem para si mesmo e para os outros: quando iniciar um relacionamento procure dar tempo para tudo: passeie muito de mãos dadas, converse mais sobre gostos e preferências, conheça a família e mostrea sua, descubra os hábitos e costumes.
Parece careta demais?
Que nada, isso é a realidade que pode salvar o relacionamento e muitas vidas.
Pense nisso e se gostar, passe essa mensagem para frente; quem sabe se juntos, não ajudamos alguém carente de amor a encontrar um motivo para ser feliz. Muita pretensão? Não, só vontade de te ver feliz. Eu acredito em você! E acredito no amor que faz bem.

Autor: Luiz Fernando Veríssimo