segunda-feira, 30 de maio de 2011

Há algo grandioso acontecendo



"Há algo grandioso acontecendo, algo tão maior que Eu, você ou qualquer pessoa em especial que só poderia ser apreciado em conjunto, com todos nós criando vínculos solidários para lutar a favor, nunca mais lutando contra, só a favor. Esse algo grandioso é todos nós, solidariamente, promovendo vida justa, verdadeira, bela e bondosa neste planeta, encontrando lugar para todas as diferenças que, como notas musicais isoladas seriam discordantes entre si, mas combinadas e postas em seu lugar produziriam em conjunto um resultado de rara beleza. Quando algo maior que cada um de nós se manifesta temos de ser fortes e eventualmente renunciar ao que desejamos, tendo em vista que continuar destinando tempo ao egoísmo nos afastaria da grandeza em andamento. Use o tempo de Lua Vazia para pensar um pouco a respeito. "

Quiroga

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Ação!




É melhor errar como resultado das decisões tomadas e do atrevimento de pô-las em prática do que errar por abster-se de decidir e agir por ter a mente tomada de dúvidas e incertezas.

Abandonar a necessária ação não é digno da natureza humana, de essência criativa e dotada de livre arbítrio para não depender da força maior.

Porém, assim mesmo é esta a tentação constante que todos sofremos, nos abster da necessária ação nos assuntos e problemas que todos enfrentamos em diversos âmbitos.

Nada nos obriga a agir ou decidir, mas interiormente somos açoitados pelas argumentações e também pela vocação, que sugere assumirmos nossas posições neste planeta Terra e a explorarmos a fundo, para que nossos nascimentos não tenham sido em vão.

O que é pior ante o avanço do mal que sugere que o errado seja certo e que o feio seja belo? Esse avanço é legítimo, há milhares de pessoas convencidas de que o plano maior seja o caos e a angústia. Elas não estão erradas, apenas fazem o que suas naturezas interiores lhes sugerem.

Erradas estão as pessoas que, sabendo o que acontece, cientes de que é necessário fazer alguma coisa e que está ao seu alcance empreender essa ação, mesmo assim desistem e se desanimam, convencendo-se de que suas forças não seriam suficientes para deter esse avanço.

Esse erro, o de nada fazer, é o pior de todos.


Quiroga

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Livre



‎"No fundo todo mundo quer liberdade, mas também há aqueles que sacrificam esta em favor de outrem, e aqueles que por insegurança, ou medo se privam dela em nome de algum frívolo símbolo social. Os sábios dizem que só o amor nos liberta de todas amarras, e que se não houver liberdade, não é amor."

Leia e sorria

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Vegetarianismo?




Amado Osho, por que todos seus discípulos são vegetarianos?

Meus discípulos são vegetarianos não como um culto, não como uma crença, mas porque suas meditações os tornam mais humanos, mais do coração, e eles podem perceber toda a estupidez que é matar seres sensíveis para comer. É a sensibilidade deles, a consciência estética que os tornam vegetarianos.
Não ensino o vegetarianismo, pois ele é um sub-produto da meditação. Sempre que a meditação aconteceu, as pessoas se tornaram vegetarianas, sempre, por milhares de anos.
Os jainistas são vegetarianos há milhares de anos. Você precisa saber que todos seus 24 mestres vieram da casta de guerreiros. Todos eles comiam carne; eles eram guerreiros profissionais. O que aconteceu com essas pessoas? A meditação transformou toda a visão delas. Não apenas suas espadas caíram de suas mãos juntamente com seu espírito guerreiro, mas um novo fenômeno começou a acontecer: um tremendo sentimento de amor para com a existência. Elas se tornaram absolutamente unas com o todo, e o vegetarianismo é apenas uma pequena parte dessa grande revolução. O mesmo aconteceu com o budismo.
O cristianismo, o islamismo e o judaísmo não são vegetarianos pela simples razão de que essas religiões nunca se depararam com a revolução que a meditação traz. Elas nunca se deram conta da meditação.
O vegetarianismo não é minha filosofia, mas simplesmente um sub-produto. Não insisto nele, mas insisto na meditação. Seja mais alerta, mais silencioso, mais alegre, mas extasiado e encontre seu centro mais profundo. Com isso, muitas coisas seguirão por si mesmas e, vindo por si mesmas, não há repressão, não há luta, não há esforço, não há tortura.
Para mim, a meditação é a única religião essencial, e tudo o que segue é virtude, pois vem espontaneamente. Não tenho nada com o vegetarianismo, mas sei que, se você meditar, crescerá em você nova perceptividade e sensibilidade e você não poderá contribuir com a morte de animais.
Há milhões de pessoas que nunca pensaram no vegetarianismo. Desde a infância elas contribuem com o assassinato de animais. Isso não é diferente do canibalismo. E, desde Charles Darwin, é um fato absolutamente científico que o ser humano evoluiu dos animais; então, você está matando seus próprios antepassados, e os devorando com alegria. Não faça algo tão maldoso!
A meditação lentamente lhe traz de volta sua sensibilidade, e essa sensibilidade torna meu povo vegetariano. Isso é um ganho, e não uma perda.
A humanidade perdeu seu coração, e precisamos trazê-lo de volta a todos que o desejam. Esse é o significado do meu sannyas.

From Death to Deathlessness, capítulo 32, questão 3

terça-feira, 17 de maio de 2011

Semelhante atrai semelhante



Somente uma pessoa amorosa, aquela que realmente é amorosa, pode encontrar o parceiro certo.

Essa é minha observação: se você está infeliz você irá encontrar alguém também infeliz. Pessoas infelizes são atraídas pelas pessoas infelizes. E isso é bom, é natural. É bom que as pessoas infelizes não sejam atraídas pelas pessoas felizes; senão elas destruiriam a felicidade delas.

Está perfeitamente bem. Somente pessoas felizes são atraídas pelas pessoas felizes. O semelhante atrai o semelhante. Pessoas inteligentes são atraídas pelas pessoas inteligentes; pessoas estúpidas são atraídas pelas pessoas estúpidas.

Você encontra as pessoas do mesmo plano. Então a primeira coisa a lembrar é: um relacionamento está fadado a ser amargo se ele surgiu da infelicidade.

Primeiro seja feliz, seja alegre, seja festivo e então você encontrará alguma outra alma festiva e haverá um encontro de duas almas dançantes e uma grande dança irá surgir disso.

Não peça por um relacionamento a partir da solidão, não. Assim você estará indo na direção errada. Então o outro será usado como um meio e o outro lhe usará como um meio. E ninguém quer ser usado como um meio! Cada indivíduo único é um fim em si mesmo. É imoral usar alguém como um meio. Primeiro aprenda como ser só. A meditação é um caminho para ficar sozinho.

Se você puder ser feliz quando você está só, você aprendeu o segredo de ser feliz. Agora você pode ser feliz acompanhado. Se você é feliz, então você tem alguma coisa para compartilhar, para dar. E quando você dá, você obtém; não é de outra maneira. Assim surge uma necessidade de amar alguém.

Geralmente a necessidade é de ser amado por alguém. É a necessidade errada. É uma necessidade infantil; você não está amadurecido. É uma atitude infantil.

Uma criança nasce. Naturalmente, a criança não pode amar a mãe; ela não sabe o que é amar e ela não sabe quem é a mãe e quem é o pai. Ela está totalmente desamparada. Seu ser ainda está para ser integrado; ela ainda não está reunida. Ela é somente uma possibilidade.

A mãe precisa amar, o pai precisa amar, a família precisa banhar a criança de amor. Agora ela aprende uma coisa: que todos têm que amá-la. Ela nunca aprende que ela precisa amar. Agora a criança irá crescer e se ela permanecer presa nessa atitude de que todo mundo tem que amá-la, ela irá sofrer por toda sua vida. Seu corpo cresceu, mas sua mente permaneceu imatura.

Uma pessoa amadurecida é aquela que chega a conhecer a necessidade do outro: que agora tenho que amar alguém. A necessidade de ser amado é infantil, imatura. A necessidade de amar é maturidade.

E quando você está preparado para amar alguém, um belo relacionamento irá surgir; de outra maneira não.



Osho, em "Ecstasy: The Forgotten Language"
Fonte: Osho.com
Imagem por Rdoke

quinta-feira, 12 de maio de 2011

Chegou o momento!




Eu conheço o som da flauta extática,
mas não sei de quem a flauta é.
Uma lamparina está acesa, mas não tem nem mecha nem óleo.
Uma planta aquática floresce e não está presa ao fundo.
Quando uma flor se abre, em geral dúzias se abrem.
A cabeça do pássaro-lua está cheia com nada
exceto pensamentos da Lua,
e quando a próxima chuva virá
é tudo que o pássaro-chuva pensa.
Com quem é que gastamos nossa vida inteira amando?
Chegou o momento de fazer um balanço do amor!
Reúna o corpo e depois reúna a mente de forma que eles balancem
entre os braços do Ser Secreto que você ama.
Traga a água que cai das nuvens a seus olhos.
E cubra-se completamente com a sombra da noite.
Exponha sua face perto do ouvido dele,
e então só fale sobre o que você quer profundamente que aconteça.
Kabir diz: "Meu irmão, escute-me, traga a face, a forma,
e o perfume do Santo dentro de você".

Kabir

A existência é cheia de Deus. Está transbordando de Deus. Ainda assim, nós não o vemos. Estamos cegos — cegos por causa de nossas crenças. Quanto mais crenças você tem, mais cego você é; seus olhos estão cobertos pelas convicções e você não pode ver aquilo que é.

Apenas uma mente nua pode ver Deus, só um coração nu pode sentir Deus. Você pode procurá-lo em todas as suas filosofias, religiões e dogmas; você nunca o achará. Você não o achará em lugar nenhum — e ele está em todos os lugares. Algo está bloqueando o caminho.

Se você é hindu, não será capaz de ver Deus. Se é maometano, você o perderá porque é maometano. Se é cristão, você já criou um obstáculo. Não seja hindu, não seja maometano e não seja cristão; então, haverá uma possibilidade de conhecer Deus.

E então você não precisará ir a qualquer outro lugar — onde quer que você esteja, Deus virá a você.


Osho, em "A Revolução: Conversas Sobre Kabir"
Imagem por Pinching Gato

quinta-feira, 5 de maio de 2011

O conhecimento puro



Nós, seres humanos, somos eminentemente subjetivos, passamos a maior parte do tempo navegando nesse mundo invisível, mas não por isso irreal, da subjetividade. Nessa dimensão apreciamos as experiências em que nos envolvemos intencional ou acidentalmente de três pontos de vista principais; como objetos avaliáveis que satisfaçam nossa cobiça material, como matérias de especulação intelectual que nutram nossa curiosidade ou como vastos campos de contemplação amorosa, porque vemos beleza, bondade e verdade nos acontecimentos. A falha das religiões da atualidade consiste justamente em não terem sido eficientes para promover a visão subjetiva mais importante e transcendente, aquela que nos torna pessoas melhores. Quando se vê o infinito nas coisas limitadas se experimenta o conhecimento puro.

Quiroga