segunda-feira, 8 de janeiro de 2024

Drink do Antigo Egito levava substâncias alucinógenas e sangue humano





Estudo em cerâmicas do Egito sugere que bebida era consumida por devotos de Bes, uma divindade anã com características felinas, no século 2 a.C.


Cientistas descobriram uma bebida inusitada consumida por pessoas do Antigo Egito: um drinque com várias plantas alucinógenas, mel e fluidos corporais humanos – incluindo sangue.


Em um artigo preprint, que ainda não foi revisado pelos pares, os cientistas afirmam que é provável que o consumo do drinque acontecesse em “práticas rituais” à Bes, uma divindade do Antigo Egito que é parte anã, parte felina.


A hipótese é que os seguidores de Bes acreditassem que o deus poderia fornecer proteção contra o perigo. “Como o grupo reverenciava a figura de Bes como um gênio protetor, pode-se presumir que consideravam o líquido bebido nessas canecas como benéfico”, escrevem os pesquisadores.


A equipe da Universidade do Sul da Flórida, nos EUA, analisou os resíduos orgânicos em um vaso de cerâmica atribuído a adoradores de Bes do século 2 a.C., guardado no Museu de Arte de Tampa, na Flórida.


Dessa forma, foi possível saber que esse era o vaso de Bes, pois o culto decorava a cerâmica com a representação da cabeça da divindade.


Drinque do Antigo Egito levava drogas alucinógenas e sangue humano.

Cerâmicas onde ficavam armazenados os coquetéis com drogas alucinógenas e fluidos corporais humanos em homenagem à divindade Bes, no século 2 aC. 


Ingredientes de um drinque bizarro:


Longe de querer julgar um culto religioso, mas a composição das bebidas dos adoradores de Bes parece extremamente perigosa para qualquer humano moderno.


Na análise, os cientistas identificaram que a bebida continha uma planta psicoativa chamada Peganum Harmala ou, no nome mais popular, Arruda Síria. Suas sementes produzem grandes quantidades de alcalóides harmina e harmalina, que induzem alucinações.


Hoje, a arruda síria é usada com outras plantas, como a Jurema-Preta (Mimosa tenuiflora), para criar uma bebida que possui semelhantes efeitos psicodélicos aos da ayahuasca (Vinho da Jurema).


Outro ingrediente do coquetel egípcio era a planta psicoativa Nymphaea caerulea, ou Ninféia-azul/ Lótus Azul. 

“Combinando todos esses dados, concluímos que as plantas serviam deliberadamente como fontes psicoativas para fins rituais”, diz o artigo.


Mas o que mais chama a atenção é o fato de que os devotos de Bes adicionavam à poção outros componentes, como mel, geleia real, álcool de frutas fermentadas e proteínas humanas. Além disso, o estudo mostrou uma “alta presença” de fluidos de leite materno, mucosas (oral ou vaginal) e sangue.



Amostra coletada, imagem óptica


https://gizmodo.uol.com.br/drinque-do-antigo-egito-levava-drogas-alucinogenas-e-sangue-humano/#:~:text=Ci%C3%AAncia-,Drinque%20do%20Antigo%20Egito%20levava%20drogas%20alucin%C3%B3genas%20e%20sangue%20humano,felinas%2C%20no%20s%C3%A9culo%202%20a.C.

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