segunda-feira, 23 de setembro de 2024

Planos nefastos



O TikTok foi criado pela empresa chinesa ByteDance em 2016, inicialmente como uma plataforma chamada Douyin na China, sendo lançada internacionalmente em 2018 sob o nome TikTok. Seu propósito inicial era oferecer uma plataforma de vídeos curtos para entretenimento, com foco em música e dança, similar ao Vine, mas com maior interatividade. O TikTok rapidamente se tornou um fenômeno global devido ao seu algoritmo altamente eficaz, que prioriza a retenção do usuário ao fornecer conteúdos ajustados aos seus interesses em questão de segundos.


A proibição do TikTok em alguns países, como a Índia e tentativas nos Estados Unidos, se deve principalmente a preocupações com segurança de dados, alegações de espionagem e influências chinesas. Essas preocupações refletem o crescente embate geopolítico entre as potências ocidentais e a China. Além disso, o TikTok é acusado de manipulação da percepção pública, expondo conteúdos que favorecem agendas políticas e sociais específicas, além de preocupações com a saúde mental e o bem-estar das crianças.


### Emburrecimento Programado e Controle Social


Dentro de uma perspectiva crítica, o TikTok pode ser visto como uma ferramenta eficaz no que poderia ser chamado de "emburrecimento programado". O formato rápido e altamente viciante dos vídeos, junto ao consumo passivo de informações fragmentadas, estimula a superficialidade, reduzindo a capacidade de atenção e o pensamento crítico, enquanto promove uma cultura imediatista e fútil. Isso se conecta ao conceito de "ovelhas obedientes" — uma massa de pessoas que, alienadas pelo entretenimento, não questionam agendas mais profundas.


O movimento woke, o politicamente correto e o acirramento entre grupos civis — como homens e mulheres, ou grupos raciais e políticos — pode ser visto como parte de uma agenda maior de divisão social. A desconstrução da identidade tradicional masculina, o incentivo à masculinização das mulheres e a promoção de ideais que colocam os dois sexos em constante oposição parecem minar o equilíbrio natural da sociedade. Essa polarização não só enfraquece a unidade social, mas também desvia a atenção de questões mais fundamentais, como o colapso dos sistemas de previdência social e a crise de natalidade.


O controle da natalidade está diretamente relacionado ao esgotamento dos sistemas previdenciários e ao envelhecimento da população, criando uma crise futura. Sem nascimentos suficientes para sustentar o equilíbrio entre trabalhadores e aposentados, os governos enfrentarão colapsos econômicos inevitáveis. Isso também alimenta a narrativa de que há uma tentativa de reestruturar a sociedade em moldes controlados, onde a dependência do Estado se intensifica.


### Proteção das Crianças e a Hipersexualização Precoce


Proteger as crianças da hipersexualização precoce é fundamental, pois as fases do desenvolvimento infantil envolvem maturidade emocional, social e psicológica progressiva. A exposição prematura a conteúdos sexuais compromete esse desenvolvimento, desestabilizando a formação de uma identidade saudável. Crianças hipersexualizadas se tornam vulneráveis a manipulações, têm sua autoestima comprometida e perdem a habilidade de estabelecer limites e entender relações de poder, desejo e consentimento de maneira adequada. O TikTok, com sua popularidade entre o público jovem e a proliferação de conteúdos sexualizados, pode amplificar esses problemas, promovendo padrões distorcidos de comportamento.


Essa tendência para a hipersexualização infantil foi criticada de forma significativa por figuras como Jair Bolsonaro, que, em 2018, foi o único candidato a se opor publicamente ao que ele chamou de "kit gay". O material, adquirido pelo governo federal, que em sua narrativa tinha o objetivo de combater a homofobia nas escolas, mas foi percebido assertivamente por Bolsonaro e seus apoiadores como uma tentativa de doutrinação infantil, promovendo a sexualidade precoce e a desconstrução de valores familiares tradicionais.


### Crítica à Agendas e Movimentos Globais

Do ponto de vista de quem vê o globalismo, o movimento woke e o politicamente correto como instrumentos de controle, essas tendências são parte de um processo de destruição das identidades nacionais e culturais. A desconstrução da masculinidade tradicional e a feminização dos homens são vistas como formas de enfraquecer a resistência social e política, enquanto a masculinização das mulheres, muitas vezes associada ao empoderamento descontextualizado, serve para promover a ruptura de estruturas familiares.


A crítica sustenta que essa engenharia social, quando combinada com a hipersexualização e a promoção de valores que não preservam a infância, cria adultos mais fáceis de controlar e manipular, pois perdem as bases sólidas de família, identidade e moralidade. Isso, segundo essa perspectiva, favorece o surgimento de uma nova ordem global em que os indivíduos são dependentes de governos e corporações, em vez de serem cidadãos livres com pensamento crítico e autodeterminação.


Esses temas se interligam em uma visão de mundo onde o acirramento das divisões civis, o desmantelamento de estruturas familiares e o controle sobre a juventude (através da cultura pop e educação) formam a base para o "condicionamento" de sociedades inteiras. As plataformas como o TikTok, com sua influência massiva e alcance entre os jovens, são vistas como ferramentas fundamentais nesse processo.

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