sábado, 17 de dezembro de 2011

Nossa vergonha



Quando nossa humanidade for capaz de se empenhar na ética com a mesma força com que satisfaz o apetite sexual teremos conquistado a certeza de que o futuro será provedor de bem-estar a todos. Nossa humanidade, sendo capaz de grandes voos, de experimentar sua origem divina e de fazê-la valer na prática, normalmente troca isso por mixaria, prefere a autoindulgência, a preguiça e o constante exercício de troca de fluidos sexuais. Qualquer macaco pode fazer isso, sem desmerecer os símios. É absolutamente legítimo obter e promover satisfação sexual, mas que nossa humanidade faça disso seu principal objetivo e, junto à sede de poder, não veja nada além, eis nossa vergonha. Somos, por enquanto, uma espécie destinada ao divino que chafurda na lama.


Quiroga

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