segunda-feira, 8 de julho de 2013

Decadência



Nada é o que parece, quantas vezes a frase terá de ser repetida até cair a ficha? Quantos caminhos um ser humano precisa percorrer, diz a música, até conseguir que seus semelhantes o considerem humano? Na ânsia pelo poder, motivados por pura vaidade intelectual, que os faz considerar que suas teorias, apesar de refutadas pela prática, são melhores e maiores do que todas as outras, certos humanos não veem obstáculo moral em tratar as pessoas como objetos, como massa de manobra, chamando-os de classe média, ou pobres, ou ricos, ou tais e tais e tais. 
Os humanos podem até parecer objetos de vez em quando, mas não são. 
Todos os humanos, sem distinção, comungam nos mesmos problemas e nos mesmos dramas; a paixão da Cleópatra e da Benedita é a mesma, a tragédia de Hamlet e a de João também. 
Achar-se no topo do mundo é o princípio da decadência.

Quiroga

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