quarta-feira, 18 de outubro de 2023

Como e quando Jesus foi considerado Deus?

 


Concílio de Nicéia: (ano 325 d.C)

Na verdade, o principal objetivo do Concílio de Nicéia era resolver uma controvérsia teológica que havia surgido na Igreja primitiva em relação à natureza de Jesus Cristo.

A controvérsia que o concílio procurou resolver girava em torno da doutrina de Ário, um presbítero cristão de Alexandria. Ário ensinava que Jesus Cristo, embora divino, não era da mesma substância (ousia) que Deus Pai, e que Ele era uma criação divina e, portanto, não eterno. Isso entrou em conflito com a visão tradicional que afirmava que Jesus era consubstancial (da mesma substância) com o Pai e, portanto, divino e eterno.

Constantino, o imperador romano, convocou o Concílio de Nicéia para buscar uma resolução para essa controvérsia que estava causando divisões na comunidade cristã. O concílio reuniu bispos de várias regiões do Império Romano e resultou na formulação do Credo de Nicéia. Esse credo afirmava a divindade de Jesus Cristo, declarando que Ele era "gerado, não criado, consubstancial com o Pai."

Portanto, o objetivo do Concílio de Nicéia era estabelecer uma posição ortodoxa sobre a natureza de Jesus Cristo em oposição às visões arianas que negavam Sua divindade e eternidade.

Os arianos cristãos não acreditavam na doutrina da Santíssima Trindade da mesma forma que a igreja ortodoxa, pois eles seguiam os ensinamentos de Ário, sendo assim, Jesus era visto como uma criatura divina, mas não como Deus eterno.

A doutrina da Santíssima Trindade, que afirma que o Pai, o Filho (Jesus) e o Espírito Santo são uma única e mesma divindade em três aspectos distintos, era uma crença central da ortodoxia cristã. 

Portanto, a principal diferença entre os arianos e a visão ortodoxa era a crença na natureza divina de Jesus. Os arianos não aceitavam a ideia de que Jesus era Deus da mesma forma que o Pai, enquanto a doutrina da Santíssima Trindade afirmava que os três aspectos da Trindade eram co-eternas e consubstanciais.

Muitos dos bispos que participaram do Concílio de Nicéia tinham alguma ligação com o Império Romano, já que o concílio foi convocado pelo imperador romano Constantino I. A convocação do concílio foi um marco na história do cristianismo e refletiu o envolvimento do Império Romano na resolução de disputas teológicas dentro da igreja cristã.

Constantino, o Grande, converteu-se ao cristianismo e desempenhou um papel significativo na promoção do cristianismo no Império Romano. Ele viu a unificação da igreja como uma forma de unificar seu império, que estava dividido por várias questões religiosas e políticas. Ele convocou o Concílio de Nicéia em 325 d.C. para resolver a controvérsia ariana e estabelecer uma doutrina cristã ortodoxa que poderia servir como base para a unidade na igreja.

Os bispos que participaram do concílio eram em grande parte líderes eclesiásticos das províncias romanas, e eles representavam diferentes tradições teológicas e geográficas. Constantino desempenhou um papel importante na seleção de bispos que apoiavam sua visão da ortodoxia cristã, e ele também presidiu as sessões iniciais do concílio.

Em resumo, o Concílio de Nicéia teve ligações com o Império Romano por meio do envolvimento ativo de Constantino, o imperador, na convocação do concílio e na seleção de seus participantes. Isso refletiu a interseção da política e da religião no contexto do Império Romano no século IV.


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