sexta-feira, 27 de outubro de 2023

O mito do Messias



Desde o século XVIII, estudiosos e historiadores que estudam os textos da Bíblia têm tentado destilar fatos históricos e biografias a partir da mitologia e dos milagres neles descritos. Essa tendência continua até hoje, à medida que os estudiosos dissecam os evangelhos e outros escritos cristãos primitivos para separar o “Jesus da história” do “Cristo da fé”. Mas em O Mito do Messias, Thomas L. Thompson argumenta que a busca pelo Jesus histórico não vem ao caso, uma vez que o Jesus dos evangelhos nunca existiu.


Tal como o Rei David antes dele, O Jesus da Bíblia é uma amálgama de temas da mitologia do Oriente Próximo e de tradições de realeza e divindade. O tema de um messias – um rei divinamente nomeado que restaura a perfeição do mundo – é típico da ideologia real egípcia e babilónica que remonta à Idade do Bronze. Na opinião de Thompson, o público contemporâneo para quem o Antigo e o Novo Testamento foram escritos teria naturalmente interpretado David e Jesus não como figuras históricas, mas como metáforas que incorporam tradições messiânicas há muito estabelecidas.


Desafiando suposições amplamente aceitas sobre as fontes da Bíblia e a busca pelo Jesus histórico, O Mito do Messias certamente provocará controvérsia e debate acalorado entre crentes e céticos. 

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