sábado, 23 de dezembro de 2023

História, Mitologia e Religião




História

7 das mais antigas civilizações conhecidas:

Aborígenes (Ao menos 65 mil anos A.E.C)

Os aborígenes não formam uma única civilização, mas sim diversos grupos étnicos indígenas que têm uma história cultural rica e diversificada na Austrália. Eles são considerados uma das culturas contínuas mais antigas do mundo. Os aborígenes australianos têm uma história que remonta a pelo menos 65.000 anos, conforme evidências arqueológicas e antropológicas.



O povo aborígene possui uma rica tradição oral que transmite conhecimentos, histórias e práticas culturais de geração em geração. Sua presença contínua na Austrália é um testemunho notável da durabilidade e resiliência de suas culturas ao longo de milênios.


Jiahu (7000 a.C – 5700 a.C)

Já na região central da China, o povo do assentamento Jiahu (atual província de Honã) foi a civilização mais antiga do país asiático. Entre os registros descobertos estão artefatos de cerâmica, ferramentas, exemplos de escrita chinesa antiga e até indícios de que foram os primeiros produtores de vinho no mundo.



Outra peça detectada foi a famosa flauta de ossos – um dos antepassados dos instrumentos musicais – feita de ossos de aves e usada em festividades especiais. Os vestígios levam para a época de 7.000 a.C e se acredita que o povo tenha desaparecido por volta de 5.700 a.C, devido a enchentes causadas pelos rios da área.


Mesopotâmia (3.500 a.C – 500 a.C)




Considerada por muito tempo como a primeira civilização do mundo, a Mesopotâmia é conhecida por seus costumes e invenções que mudaram a humanidade.
Localizada entre os rios Eufrates e Tigre, no Oriente Médio, o povo atuava na região desde cerca de 8.000 a.C. Entretanto, a primeira cidade criada, Uruk, surgiu em torno de 3.500 a.C.
As criações dos habitantes foram de extrema importância para o progresso da sociedade. O desenvolvimento da agricultura, com a irrigação, a urbanização, a cartografia, e a criação da roda são alguns dos pontos importantes dessa civilização.

Vale do Indo (3.300 a.C – 1.900 a.C)


Com uma cultura pacífica, rica em artes e com grandes inovações, o povo do Vale do Indo foi a civilização antiga que mais se expandiu geograficamente, cobrindo 1,25 milhão de quilômetros quadrados, indo desde o Afeganistão até o noroeste da Índia.

Os primeiros sinais de urbanização surgiram por volta de 3.300 a.C. Logo foram desenvolvidos centros urbanos e casas com mecanismos modernos para a época, como o sistema subterrâneo de esgoto.

Estima-se que o desaparecimento da população foi causado por uma enchente ou pelas invasões de povos da Ásia Central, em cerca de 1.900 a.C.

Antigo Egito (3.150 a.C – 30 a.C)



Assunto recorrente nas aulas de história, o Antigo Egito também se destaca por sua tecnologia pioneira e deslumbrantes invenções. A civilização foi fundada após o primeiro faraó, Menés, unir o Alto e o Baixo Egito, em 3.150 a.C. A população vivia às margens do Rio Nilo.

Donos de uma das sete maravilhas do mundo antigo, a Grande Pirâmide de Giza, os egípcios foram precursores na ciência médica, responsáveis pelos avanços na matemática, desenvolveram rotas comerciais, criaram o primeiro alfabeto fonético e até foram os primeiros a usar pasta de dente e perucas.

Maias (2.600 a.C – 900 a.C)



Outro local dono de uma pirâmide considerada uma das sete maravilhas do mundo – agora da Era Moderna – é o México. Os autores da construção foram os famosos Maias, civilização composta por grande parte de povos indígenas mexicanos e da América Central.

Há vestígios do estilo de vida caçador-coletor do povo desde a época de 7.000 a.C. Entretanto, os vilarejos permanentes só surgiram milhares de anos depois, em 2.600 a.C.

Com as comunidades mais desenvolvidas, a população chegou a ultrapassar a marca de 19 milhões de pessoas, com indivíduos que ajudaram no progresso da agricultura e da astronomia e no sistema de escrita, além de criar estruturas grandiosas, como a pirâmide localizada no sítio arqueológico Chichén Itzá.

Grécia Antiga (2.000 a.C – 479 a.C)



Além do Antigo Egito, outra civilização que não pode faltar nas aulas de história é a Grécia Antiga. Com uma trajetória tão extensa, os estudos da região são divididos em cinco períodos: Pré-Homérico, Homérico, Arcaico, Clássico e Helenístico.

A partir de 2.000 a.C, o povo grego foi sendo formado pela população de lugares diferentes, os indo-europeus. Com a junção de culturas distintas, os habitantes receberam influência dos costumes e tradições uns dos outros e houve uma grande troca de conhecimento. Assim, sucedeu um progresso em diversas áreas, como a agricultura, o comércio, a escrita e até na política e nos esportes.

Outro grande destaque é a criação da pólis, o modelo de cidade-Estado, os mais famosos sendo Atenas e Esparta. A estrutura foi o resultado de longos anos do desenvolvimento do estilo de vida dos gregos.

------------------------------

Idade Antiga é um período da história iniciado quando o ser humano desenvolveu a primeira forma de escrita na Suméria, por volta de 3500 a.C. Esse tempo faz parte de uma periodização, desenvolvida por historiadores modernos, que estabeleceu o seu fim em 476 d.C., quando o Império Romano do Ocidente teve fim.


O desenvolvimento da escrita cuneiforme é o marco utilizado pelos historiadores para delimitar o início da Idade Antiga.


Ilustração de 1.300 a.C. mostra ritual funerário no Egito antigo: processo de mumifcação permitiu avanços na área da medicina 

--------------------------------------- Mitologia

Mitopoese:"Mito" tem a mesma conotação de narrativas tradicionais ou histórias mitológicas.
"Poese" deriva do grego "poiesis," que significa "criação" ou "fazer."
Assim, "mitopoese" poderia ser entendido como "a criação ou formação de mitos."

Mitogonia:"Mito" refere-se a narrativas tradicionais ou histórias que explicam as crenças de uma sociedade.
"Gonia" tem raízes no grego "gonia," que significa "geração" ou "nascimento."
Portanto, "mitogonia" poderia ser interpretado como "o nascimento ou origem de mitos."


Ambas palavras referem-se à capacidade espontânea da psique de produzir mitos, sob as mais variadas circunstâncias. O mito está fortemente presente tanto nas sociedades tribais, organizando a interação dos grupos, a tradição e a vida comunitária, como na vida tecnológica do homem da modernidade. Na verdade, o mito é o tecido fundamental dos sonhos, das fantasias e do pensamento imaginativo da criança. Daí a criança gostar de ouvir os contos de encantamento, detendo-se em repetições de imagens simbólicas e identificando-se com seus personagens. Os contos de fada e os mitos têm mesmo um papel importante na organização do ego infantil.

O Processo de individuação é o eixo fundamental da psicologia analítica de C.G.Jung. É o processo pelo qual o homem se torna o que realmente é, realizando seu potencial inconsciente. A psicologia analítica debruça-se sobre os mitos vendo neles uma maneira de entender o processo de individuação e o pensamento inconsciente. As categorias junguianas são aqui usadas para entender o papel fundamental dos mitos na cultura,.

Segundo a psicologia junguiana, a mitopoese seria a capacidade da mente de recriar mitologemas em padrões culturalmente compartilhados. Os mitos nos ajudariam a fazer uso estruturado da imaginação e de nossos poderes intuitivos e seriam, também na experiência clínica através do método da amplificação2 , um modo libertário de ideação e de criação de linguagem compartilhada, processos esses fundamentais no processo de individuação. Mythologein, mitologizar, criar e recriar mitos, não seria somente um modo retroativo e “nostálgico” de recuperar memórias coletivas, mas uma ação vitalizadora dos vínculos entre a contemporaneidade da vida psíquica e a tradição cultural. Como forma nãodiscursiva de produção simbólica (CASSIRER, 1985), o mito extrapola os limites do discurso lógico, do pensamento dirigido e adaptativo; é solução e ampliação de sentido para as aporias (caminhos sem saída) do logos e da razão. “Vale a dizer que o discurso, com o auxílio dos mitos, ganha a profundidade dos mistérios.” (BOECHAT, 2008, p. 19)

Para Jung, os mitologemas são núcleos constitutivos de todo mito, “constituem expressões imagéticas dos arquétipos, que são, em si mesmos, incognoscíveis” (BOECHAT, 2008, p. 57). Representam símbolos essenciais do processo de individuação ou do desenvolvimento da personalidade.

De acordo com Gaston Bachelard, os mitos não são fábulas fossilizadas, mas linhas de vida e imagens do devir: “todo mito é um drama humano condensado. E é por essa razão que todo mito pode, tão facilmente, servir de símbolo para uma situação dramática atual” (Bachelard in DIEL, 1991, p. 10), pois fala do destino humano sob seus aspectos essenciais.

------------- Religião

Hinduísmo:
Período de Desenvolvimento: Desenvolveu-se ao longo de milênios, sem uma data específica de fundação.
Textos Sagrados: Os Vedas são textos antigos fundamentais, e os Upanishads, Mahabharata e Ramayana são importantes para a formação da tradição.


Judaísmo:
Data de Referência: A tradição judaica remonta aos tempos patriarcais com Abraão, Isaac e Jacó (aproximadamente 1900 a.C.).
Textos Sagrados: A Torá (Pentateuco) é central, e outros livros como o Talmude também são essenciais.


Budismo:
Período de Fundação: Surgiu no século VI a.C., com a iluminação de Siddhartha Gautama, o Buda.
Textos Fundamentais: Os ensinamentos de Buda foram preservados no Tripitaka ou Tipitaka.


Cristianismo:
Data de Referência: O nascimento do Cristianismo está associado a Jesus Cristo, aproximadamente no início do século I d.C.
Textos Sagrados: A Bíblia, composta pelo Antigo e Novo Testamento, é a base da fé cristã.


Islamismo:
Período de Fundação: O Islã foi fundado no início do século VII d.C., com a revelação dada ao Profeta Muhammad.
Textos Sagrados: O Alcorão é o principal texto sagrado, e a Sunnah (tradições do Profeta) também é essencial.



Nenhum comentário:

Postar um comentário