terça-feira, 19 de dezembro de 2023

Romanos e Judeus: Origem do conflito na Palestina do século II A.E.C

 



O conflito entre judeus e romanos pode ser rastreado até o domínio romano na Judeia, que começou no século II a.C. após a conquista liderada pelo general Pompeu. A imposição do governo romano sobre os judeus gerou descontentamento, pois os romanos interferiam nas tradições religiosas e políticas judaicas. O desejo dos judeus por autonomia e autodeterminação colidiu com a dominação romana, resultando em tensões crescentes.

O reinado de Herodes, um rei judeu nomeado pelos romanos, também contribuiu para o descontentamento. Embora tenha realizado grandes projetos de construção, incluindo a expansão do Templo de Jerusalém, seu governo despótico e colaboração estreita com Roma geraram hostilidade entre os judeus. Além disso, as políticas tributárias romanas onerosas exacerbaram as tensões econômicas.

Eventos como a profanação do Templo, o governo impopular de procuradores romanos e a tentativa de impor imagens imperiais em Jerusalém alimentaram o descontentamento. As revoltas judaicas, notadamente a Grande Revolta Judaica (66-70 d.C.), foram respostas à opressão percebida, culminando na destruição do Segundo Templo durante a campanha militar romana liderada por Tito. Essa destruição teve um impacto profundo na identidade judaica e solidificou as divisões entre judeus e romanos, contribuindo para um período de diáspora e mudanças significativas na trajetória histórica do povo judeu.



Joseph Atwill (O Messias de César) propõe a teoria de que os romanos criaram os evangelhos como uma forma de controle social. Ele argumenta que os escritos do Novo Testamento foram projetados para pacificar as populações judaicas rebeldes e para garantir a estabilidade sob o domínio romano. Atwill sugere que a criação dos evangelhos estava alinhada com estratégias militares romanas e que certos eventos e personagens nos evangelhos foram modelados de acordo com eventos históricos.

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