domingo, 17 de dezembro de 2023

Sinto Muito, mas Jesus Cristo Não Existiu - Excerto do livro



106 escritores históricos concluem: JESUS CRISTO NÃO EXISTIU...

Por mais de 1000 anos, uma minoria de corajosos pesquisadores, escritores, teólogos, ex-padres, têm ousado questionar, ou até pela simples omissão desse fato que deveria ser histórico, a vida de Jesus. Apesar dos riscos de ataque físico, ruína profissional e ostracismo, eles duvidaram seriamente da veracidade da saga dos evangelhos, descascaram as camadas de fraude e engano forjadas pela Igreja Católica, e mesmo desafiaram a própria existência do homem-deus e seus castigos divinos a que estariam sujeitos se estivessem errados. Alguns chegaram a admitir a existência de um homem, que desse sustentação à essa história, como eu no início assim pensava, outros, nem isso. Jesus, filho de deus, ressuscitando? Nenhum! Da mesma forma, Paulo foi desmentido como tendo escrito alguma carta. Essa é uma pequena coleção desses personagens, quem foram e o que escreveram.

Hermann Samuel Reimarus – 1694 - Escritor, filósofo alemão e um dos promotores da corrente nacionalista que negava os milagres, mas ainda admitia a possibilidade da existência desse personagem, defendia que Jesus nada tinha de divino, era apenas um dos profetas. Quanto à ressurreição, dizia que os apóstolos a inventaram após esconderem o corpo de Jesus. Receando a perseguição da Igreja, o pensador não publicou a sua obra ―Intenção de Jesus e Seu Ensinamento‖, que só foi editada depois de ele morto. Pensador iluminista e professor de línguas orientais do Ginásio de Hamburgo, sua extensa obra -- publicada após sua morte -- rejeita a ―religião revelada‖ e defende um deísmo naturalista. Reimarus acusou os escritores dos evangelhos de fraude proposital e inúmeras contradições.

Voltaire (François-Marie Aroue) – 1694 em Paris – A mais influente figura do Iluminismo, foi educado num colégio jesuíta e ainda assim concluiu: ―O cristianismo é a religião mais ridícula, absurda e sangrenta que jamais infectou o mundo... O verdadeiro Deus não pode ter sido dado à luz por uma garota, nem sido morto num cadafalso e nem ser comido numa porção de hóstia.‖ Preso, exilado, seus livros banidos e queimados, a grande popularidade de Voltaire na França assegurou-lhe um descanso final no Panteão, em Paris. Extremistas religiosos roubaram seus restos mortais e os atiraram numa pilha de lixo. Junto a outros grandes filósofos franceses, combatia violentamente a Igreja Católica e publicavam: ―Esmagar a infâmia‖. Assinalou as coincidências até na terminologia entre o Evangelho segundo João e os escritos de Filon de Alexandria. Um polemista satírico, frequentemente usou suas obras para criticar a Igreja Católica e as instituições francesas do seu tempo. Ficou conhecido por dirigir duas críticas aos reis absolutistas e aos privilégios do clero e da nobreza.

Thomas Paine – 1737 - A Idade da Razão 1795. Panfleteiro que fez o primeiro apelo à independência dos Estados Unidos (Bom Senso, 1776; Direitos do Homem, 1791) Paine derramou sátiras virulentas nas contradições e atrocidades da Bíblia. Como muitos revolucionários americanos, Paine era deísta: "Eu não creio na fé professada pela igreja judaica, pela igreja romana, pela igreja grega, pela igreja turca, pela igreja protestante ou por qualquer outra de que tenha notícia... Cada uma destas igrejas acusa a outra de descrença; e de minha parte eu descreio de todas.‖

Georg Wilhelm Friedrich Hegel – 1770 – Filósofo alemão, escritor da escola de Tubingem, junto com Baur descobriram tendências opostas em síntese no Novo Testamento concluindo que, como conhecemos, não foi escrito antes do século II.

Godfrey Higgins (1771-1834). 1836, "Anacalipse" – Uma Tentativa de Remover o Véu da Ísis Saíta ou um Inquérito da Origem das Línguas, Nações e Religiões. Pioneiro inglês da arqueologia e maçom.

Count Constantine Volney, 1787, As Ruínas; ou, Meditação sobre as revoluções dos impérios (Ruína dos Impérios). Pesquisador napoleônico, viu com seus próprios olhos evidências de precursores egípcios do cristianismo.

Ferdinand Christian Baur – 1792 - Professor de teologia na Universidade de Tubingen – Alemanha - Iniciou a aplicação de novos métodos de investigação histórica ao estudo dos Evangelhos e revelou a completa inconsistência dos dogmas tradicionais da Igreja.

Edward Evanson, 1792, A Dissonância dos Quatro Evangelistas Geralmente Reconhecida aos Quatro Escritores das Epístolas Paulinas.


Charles François Dupuis, 1794, Origem de todos os Cultos ou a Religião Universal. Interpretação astrológico-mítica do Cristianismo (e de toda religião). ―Um grande erro é mais facilmente propagado que uma grande verdade, porque é mais fácil crer que raciocinar e porque as pessoas preferem o maravilhoso do romance à simplicidade da História.‖ Dupuis destruiu a maior parte de seu próprio trabalho por causa das violentas reações que causou.

David Friedrich Strauss – 1808 - Teólogo, escritor alemão, discípulo de Hegel. Em setembro de 1825, iniciou os seus estudos de teologia no seminário protestante de Tübingen, sendo depois professor no seminário de Maulbroon. Em 1860, escreveu "A Vida de Jesus Examinada Criticamente" e afirmou que os apóstolos foram buscar quase tudo o que dizem em religiões anteriores ao cristianismo. Foi criticado brutalmente e por vezes difamado pelos teólogos católicos e protestantes da Alemanha, embora pouco a pouco tivesse imposto suas opiniões. Para Strauss, o sucesso do cristianismo explicava-se por um "mito de Jesus", que teria sido forjado pela mentalidade judaica dos tempos apostólicos, e que não poderia ser sustentada pela ciência moderna. Era um Vigário luterano que se tornou estudioso, expôs magistralmente os milagres evangélicos como mito e, no processo, reduziu Jesus a um homem comum, e isso lhe custou sua carreira.

Friedrich Engels – 1820 - Escritor - Obras sobre o cristianismo primitivo. Três foram importantes. ―Bruno Bauer e o Cristianismo primitivo‖ - 1882 – ―O Livro da Revelação‖ – 1883 e ―Para a história do Cristianismo Primitivo‖ – 1894. Admite que os quatro Evangelhos são arranjos ulteriores de escritos perdidos. Elimina a narrativa histórica, considera inadmissíveis os milagres e contradições. E endossa os resultados de investigações da Universidade de Tubingen.

Robert Taylor - 1828 - Sintagma de Provas da Religião Cristã; 1829 - Diegesis. Taylor foi aprisionado por afirmar as origens míticas do cristianismo. ―Os primeiros cristãos entendiam as palavras como nada mais que a personificação do princípio da razão, da bondade, ou daquele princípio, seja qual for, que pode ser mais benéfico à humanidade durante o curso de uma vida.‖


Bruno Bauer, 1841 – Padre - Professor de Teologia da Universidade de Bona – Em 1840 e 1842, publicou dois livros críticos ao Evangelho de João e à história Evangélica. Em 1841, Crítica da História Evangélica dos Sinóticos. Em 1877, Cristo e os Césares, segundo o que para ele, o cristianismo era a síntese primitiva do estoicismo. A Formação da Cristandade entre os Romanos Helenizados. O iconoclasta original. Bauer contestou a autenticidade de todas epístolas paulinas (nas quais viu a influência de pensadores estóicos, como Sêneca) e identificou o papel de Fílon no cristianismo emergente. Bauer rejeitou a historicidade do próprio Jesus. "Tudo que se sabe sobre Jesus pertence ao reino da fábula.‖ Como resultado, em 1842, Bauer foi ridicularizado e removido de sua cátedra em Tubingen sob a confiança como fontes documentais sobre a vida de Jesus. Tal conclusão levou-o à negação da realidade histórica de Jesus, o que provocou autêntica sublevação nos meios clericais. Teve que deixar o seu cargo na faculdade, sofreu todo tipo de perseguições e teve seus escritos boicotados.

Ralph Waldo Emerson, 1841, Ensaios. Inicialmente cristão trinitário e posteriormente ministro unitário, defendeu que Jesus era um ―verdadeiro profeta‖, mas que o cristianismo institucionalizado era um ―despotismo oriental‖: ―Nossas escolas dominicais, igrejas e ordens monásticas são jugos sobre nossos pescoços."

Mitchell Logan, 1842, escreveu A Mitologia Cristã Revelada. ―A opinião predominante, embora infundada e absurda, é sempre a rainha das nações.‖

Ferdinand Christian Baur, 1845, escreveu ―Paulo, o Apóstolo de Jesus Cristo‖. Estudioso alemão, iniciou a aplicação de novos métodos de investigação histórica ao estudo dos Evangelhos e revelou a completa inconsistência dos dogmas tradicionais da Igreja. Identificou como ―inautênticas‖ não apenas as epístolas pastorais, mas também Colossenses, Efésios, Filêmon e Filipenses (deixando apenas as quatro principais epístolas paulinas consideradas genuínas). Baur foi o fundador da assim chamada ―Escola de Tübingen‖ na Alemanha.

Hegel, 1845 – Filósofo escritor da escola de Tubingem, junto com Baur descobriram tendências opostas em síntese no Novo Testamento concluindo que, como conhecemos, não foi escrito antes do século II.

Ernest Renan, 1863, escreveu Vida de Jesus. Educado como padre católico, escreveu uma biografia romanceada do homem-deus, sob a influência dos críticos alemães. Custou-lhe seu emprego.

Thomas Wittaker – Século XIX - Historiador inglês da Escola Mitológica, considerava que o culto Evangélico de Jesus deriva diretamente do culto Judaico pré-monoteísta de Josué.

W. Smith – cientista americano – Por volta de 1870 procurou demonstrar que o nome que diziam ser Jesus era um epíteto (antiga inscrição em túmulos) aplicado ao deus hebraico Iahvé e se denominavam nazarenos. Para ele o mito Jesus é pura alegoria.

Robert Ingersoll, 1872, escreveu Os Deuses. Extraordinário orador de Illinois, seus discursos atacavam a religião cristã. ―Sempre me pareceu que um ser vindo de outro mundo, com uma mensagem de infinita importância para a humanidade, deveria pelo menos ter escrito tal mensagem de seu próprio punho. Não é admirável que nenhuma palavra foi jamais escrita por Cristo?‖

Kersey Graves, 1875, escreveu Os Dezesseis Salvadores Crucificados da Humanidade. Quacre da Pensilvânia que viu um fundo pagão através das invenções cristãs, embora raramente citasse fontes para suas conclusões avançadas.

Allard Pierson, 1879, escreveu O Sermão da Montanha e outros Fragmentos Sinóticos. Historiador de arte, literatura e teologia que identificou o Sermão da Montanha como uma coleção de aforismos da literatura sapiençal judaica. Esta publicação foi o começo da Crítica Radical Holandesa. Não apenas a autenticidade das epístolas paulinas, mas a própria existência histórica de Jesus foi trazida à baila.

Bronson C. Keeler, 1881, escreveu Pequena História da Bíblia. Uma exposição clássica das fraudes cristãs. A Bíblia inteira está saturada com temas mitológicos comuns, desde a criação e mito dilúvio ao nascimento virgem e ressuscitou mitologia do herói. Do inglês: *As histórias dos patriarcas do Antigo Testamento são conhecidos como "templo lendas" para melhorar a história do povo hebreu e são principalmente de ficção. *Os evangelhos não foram escritos por alguém que conhecia Jesus pessoalmente.O 'Cristo' mitos e as fórmulas são cópias diretas de mitos Zoroastrian adotado pela seita Jesus. *Esses fatos, com os outros, são conhecidos há anos, e ensinados por estudiosos respeitados internacionalmente das principais universidades em todo o mundo.

Friedrich Engels – Escritor - 1882, ―Bruno Bauer e o Cristianismo primitivo‖- 1883, ―O Livro da Revelação‖ e 1894, ―Para a história do Cristianismo Primitivo‖ Obras sobre o cristianismo primitivo. Essas três foram importantes. Admite que os quatro Evangelhos são arranjos ulteriores de escritos perdidos. Elimina a narração histórica, considera inadmissível os milagres e contradições. E endossa os resultados de investigações da Universidade de Tubingen.

Abraham Dirk Loman, 1882, escreveu "Quaestiones Paulinae," in Theologisch Tijdschrift. Professor de teologia em Amsterdã que declarou que todas as epístolas paulinas datam do segundo século. Loman explicou que o cristianismo era a fusão do pensamento judaico ao helenístico-romano. Ao perder a visão, Loman acabou enxergando através das trevas da história da igreja.

Thomas William Doane, 1882, escreveu Os Mitos Bíblicos e seus Paralelos em Outras Religiões. Desatualizado, mas uma revelação clássica dos antecessores pagãos dos mitos e milagres bíblicos.

Samuel Adrianus Naber, 1886, escreveu Verisimilia. Laceram conditionem Novi Testamenti exemplis illustrarunt et ab origine repetierunt. Classicista que viu mitos gregos escondidos dentro das escrituras cristãs.

Gerald Massey, 1886, escreveu O Jesus Histórico e o Cristo Mítico. 1907, Antigo Egito-A Luz do Mundo. Outro clássico da pena de um inimigo precoce do clero. Esse egiptologista britânico escreveu seis volumes sobre a religião do antigo Egito.

Prosper Alfaric (1886-1955) Ex padre. - Professor de História da Religião na Universidade de Estrasburgo. Professor francês de teologia, abalado pela posição de Pio X. Estudou no Instituto católico. Sagrado padre, renunciou à sua fé e deixou a Igreja em 1909 para trabalhar em prol do racionalismo depois que Alfred Loisy foi excomungado. Em 1932 foi excomungado também por defender as teses da Escola Mitológica da França, da qual acabou representante. Considerava que a vida de Jesus apresentava muitas semelhanças com os mitos de Osiris, de Mithra e de Átis. Estudando as descobertas de Qumran concluiu que era o elo que faltava na história do cristianismo primitivo, que nasceu no seio da seita dos essênios.


Rudolf Steck, 1888, escreveu A Epístola aos Gálatas investigada quanto à sua pureza e uma Observação Crítica das Principais Epístolas Paulinas. Estudioso radical suíço que classificou todas as epístolas paulinas como falsas.

Franz Hartmann, 1889, escreveu A Vida de Johoshua: Profeta de Nazaré. Foi um célebre escritor teosófico alemão, estudioso das doutrinas de Paracelso, Jakob Böehme e a Tradição Rosacruz. Discípulo de Helena Blavatsky na Índia. Posteriormente fundou a Sociedade Teosófica na Alemanha em 1896. ―O maior obstáculo para a compreensão dos mistérios da religião do Cristo vivo é a visão bastante estreita que estamos acostumados a ter com relação a tais mistérios, sempre de acordo com a mera interpretação externa e superficial do Velho e do Novo Testamentos, tais como são ministrados pelas igrejas modernas e pelo clericalismo da moda, que se referem a estas doutrinas a partir de um ponto de vista meramente histórico ou emocional‖ - escreveu.

Willem Christiaan van Manen, 1896, escreveu Paulus. Professor em Leiden e mais famoso dos Radicais Holandeses, um clérigo que não acreditava na ressurreição física de Jesus Cristo. Depois de resistir à conclusão por vários anos, van Manen admitiu que nenhuma das epístolas paulinas era genuína e que os Atos dos Apóstolos se baseiam nas obras de Josefo.

Joseph McCabe, 1897, escreveu Porque Deixei a Igreja. 1907, A Bíblia na Europa: da Inquisição ao Iluminismo. Moinista inglês que abandonou o sacerdócio católico para se tornar ateu. McCabe, prolífico autor, destroçou muitas partes da lenda cristã – "Não há uma "figura de Jesus" nos Evangelhos. Há uma dúzia de figuras" – mas continuou a admitir a plausibilidade de um fundador histórico, apesar disso.

Louis Duchesne – Século XX, foi um francês sacerdote, filólogo , professor e crítico historiador do cristianismo e da liturgia católica romana e as instituições. Especialista em história do cristianismo primitivo. Tinha obras que figuravam no Index, proibidas aos leitores católicos por serem contundentes à crença em Jesus.

Albert Schweitzer. O famoso teólogo e missionário alemão, padre protestante, eminente investigador contemporâneo em cristianismo primitivo, doutor em Teologia. Médico. Escritor – Em 1901, escreveu O Mistério do Reino de Deus. 1906, A Busca pelo Jesus Histórico - Obra sobre a vida de Cristo. Começou a duvidar da autenticidade dos relatos evangélicos. Em sua obra fez questão de afirmar que Jesus não era filho de deus coisa nenhuma e nem sequer o Messias. Disse que Straus passou uma certidão de óbito a uma série de interpretações racionalistas das lendas evangélicas e que hoje figuram como fantasmas. Que o Evangelho é um amálgama [mistura] de mitos e lendas sobrepostos em diversas épocas. (35 Anos nos Camarões) ridicularizou o Jesus humanitário dos liberais e teve, ao mesmo tempo, coragem para reconhecer o trabalho dos Radicais Holandeses. Sua conclusão pessimista foi a de que o super-herói foi um fanático apocalíptico que morreu desapontado. Autor da célebre frase: "aqueles que buscam um Jesus histórico apenas encontram um reflexo de si mesmos."

Wilhelm Wrede, 1901, em ―O Segredo Messiânico‖ demonstrou como, no evangelho de Marcos, uma falsa história foi criada pelas crenças dos primeiros cristãos.

George Robert Stowe Mead, 1903, foi um escritor, editor, tradutor, esoterista e um influente membro da Sociedade Teosófica. Escreveu ―Jesus Viveu em 100 a.C‖? Uma discussão das histórias judaicas sobre Yeshu que leva Jesus para uma época mais antiga, desacreditando a Igreja.

Thomas Whittaker – 1904 - escreveu Origens da Cristandade. Historiador inglês da Escola Mitológica, considerava que o culto Evangélico de Jesus deriva diretamente do culto Judaico pré-monoteísta de Josué. Declarou que Jesus era um mito.

William Benjamin Smith, 1906, escreveu O Jesus Pré-Cristão. Em 1911, Os Ensinamentos Pré-Cristãos do Jesus Pagão. Defende a existência de um culto a um Jesus pré-cristão na ilha de Chipre, a exemplo de George Robert Stowe Mead.

Albert Kalthoff, 1907, escreveu ―Ascensão do Cristianismo‖. Outro radical alemão que identificou o Cristianismo como uma psicose de massas. Cristo era essencialmente o princípio transcendental da comunidade cristã que buscava uma reforma social apocalíptica.


Gerardus Bolland, 1907, escreveu O Josué Evangélico. Filósofo em Leiden, identificou a origem do cristianismo no antigo gnosticismo judaico. O super-astro do Novo Testamento é o ―filho de Num‖ do Velho Testamento, o homem a quem Moisés renomeou como Josué. A virgem nada mais é que um símbolo do povo de Israel. De Alexandria, os "Netzerim" levaram seu evangelho até a Palestina. Escreveu desacreditando a estória bíblica.

Alfred Loisy – 1908 - Padre católico (Abade) – Fundador do modernismo católico – Fiel à Igreja, foi excomungado porque quis estudar as fontes cristãs, à luz da ciência. Suas obras foram para o Index e proibidas aos católicos. Concluiu depois de estudos das suas fontes que a escola de Tubingem coincidia em muitos pontos com a opinião dele e que os documentos que chegaram até a nossa época nada contêm de comprovativo sobre a vida de Jesus. Ainda colocou em dúvida a autenticidade das cartas de Paulo. Segundo ele foram reescritas no Século II.

Mangasar Magurditch Mangasarian, 1909, Durante sua vida Mangasarian escreveu uma série de livros. Seus mais populares, incluindo "A verdade sobre Jesus - Ele é um mito" (1909) e "A Bíblia Unveiled" (1911), lidando com as provas contra a existência de um histórico Jesus. Ele também escreveu centenas de ensaios e palestras sobre as questões dos tempos. Seus livros e ensaios foram traduzidos para o francês, alemão, espanhol e outras línguas estrangeiras. O tema geral de sua escrita foi a crítica religiosa e a filosofia da religião. A Verdade Sobre Jesus? Ele É um Mito? Perspicaz ministro presbiteriano que enxergou o mito por trás da farsa.

Karl Kautsky, 1909, escreveu As Origens do Cristianismo. Teórico socialista que interpretou o cristianismo como uma manifestação da luta de classes. Essa profunda análise do Jesus histórico empreendida pelo autor é a base para o entendimento dos primórdios do Cristianismo, que segundo Kautsky ganhou força após a grande guerra ocorrida entre os judeus de Jerusalém e o Império. Este acontecimento determinou a expansão do Cristianismo, quando deixou de ser um partido político dentro do Judaísmo e tornou-se um partido dos não-judeus e, inclusive, hostil a eles.

John E. Remsburg, 1909, professor por 15 anos, em seguida, um escritor e conferencista em apoio à liberdade de pensamento. Em "O Cristo: Uma revisão crítica e análise de Sua existência". Afirmou que os evangelhos estavam cheios de contradições, de eventos que ocorreram séculos antes, durante a época, ou até um século após a época, em que Jesus supostamente teria vivido. A referida lista detalhada e explicada é a que encontra-se nesse livro. Segundo Remsburg, "o que resta dos escritos dos autores mencionados na lista acima é suficiente para compor uma biblioteca. Apesar disso, nessa massa de literatura Pagã e Judia, fora duas passagens falsificadas de um autor judeu e duas passagens discutíveis em trabalhos de autores Romanos, não foi encontrada nenhuma menção a Jesus Cristo." E podemos acrescentar, nenhum desses autores faz qualquer menção aos Discípulos ou Apóstolos – aumentando o embaraço do silêncio da história concernente à fundação do cristianismo.

Arthur Drews, 1910, Die Christusmythe (O Mito de Cristo). 1910, Die Petruslegende (A Lenda de Pedro). 1924, Die Entstehung des Christentums aus dem Gnostizismus (A Emergência do Cristianismo a partir do Gnosticismo). Eminente filósofo que foi o maior expoente da Alemanha na argumentação em favor do caráter mitológico de Cristo. Segundo Drews, os evangelhos historicizaram um Jesus mítico pré-existente cujo caráter foi derivado dos profetas e da literatura sapiençal judaica. A Paixão foi baseada em especulações de Platão.

Gustaaf Adolf van den Bergh van Eysinga, 1912, foi um teólogo holandês. De 1936 a 1944 foi professor no Novo Testamento a exegese na Universidade de Amsterdam. Ele pertencia à escola holandesa da Crítica Radical. Em Visões Radicais sobre o Novo Testamento. 1918, Cristandade Pré-Cristã. Van den Bergh contestou a autoria das epístolas paulinas. Refutando a autenticidade da Epístola de Clemente e Inácio de Antioquia, ele concluiu que não havia nenhuma evidência para a existência dos paulinos antes de Marcion. Ele também listou evidência interna para estas epístolas sendo pseudepígraphs dos círculos Marcionita. Em vários lugares, a escrita não se encaixa com um fundo judaico do autor. Van den Bergh não encontrou nenhuma evidência de uma real crucificação de uma pessoa que afirma ser o Messias como a origem do cristianismo.

Alexander Hislop, 1916, escreveu As Duas Babilônias. Exaustiva exposição dos rituais e parafernálias pagãs do Catolicismo Romano, desacreditando a seriedade da Bíblia.


# Edward Carpenter, 1920, escreveu Credos Pagãos e Cristãos. Elaborou umadescrição das origens pagãs do Cristianismo, desmentindo toda a sua interpretaçãobíblica

Rudolf Bultmann, 1921, escreveu A História da Tradição Sinótica. 1941, Novo Testamento e Mitologia. Teólogo luterano e professor da Universidade de Marburgo, Bultmann foi o expoente da ―crítica formal‖ e fez muito para desmistificar os evangelhos. Identificou as narrativas sobre Jesus como teologia expressa em linguagem mítica. Observou também que o Novo Testamento não é a história de Jesus, mas o registro da crença dos primeiros cristãos. Argumentou que a busca por um Jesus histórico era infrutífera: "Nós não podemos saber praticamente nada a respeito da vida ou da personalidade de Jesus." (Jesus e a Palavra, pg. 8)

James Frazer, 1922, Etnólogo, escreveu O Ramo Dourado [ou de Ouro], demonstrando pelo método comparativo a existência de um paralelismo entre os usos e costumes dos povos e as analogias da sua evolução espiritual. Segundo esse cientista, as raízes das religiões residem nos ritos mágicos das tribos primitivas e que muitas dessas tribos processavam o culto ao deus morto e ressuscitado. Assim, comparando com a origem da religião cristã, concluiu que o mito evangélico é uma interpretação antropológica do progresso do homem a partir da magia, através da religião, até a ciência. Afirmou: O Cristianismo nasceu de religiões anteriores. É um fenômeno cultural, ou seja, nada de sagrado ou divino.

John Robertson II, 1910, escreveu Christianismo e Mitologia. 1911, Cristos Pagãos. Estudos em Hagiografia Comparativa. E em 1917, O Problema de Jesus. Robertson chamou atenção para a universalidade de muitos dos elementos da biografia de Jesus e para a existência de rituais de crucifixão no mundo antigo. Identificou Jesus/Josué com um antigo deus efraimita em forma de cordeiro, não um ser humano.

P. L. Couchoud, 1924, Teólogo da Escola Mitológica. Amigo de Anatole France deixou claro que a objeção mais séria à existência real de Jesus derivava da sua representação sob um aspecto divino nos mais antigos escritos cristãos. (Apoc. João e epist. Paulo). Em O Mistério de Jesus.1939, e A Criação de Cristo. Couchoud era adepto da historicidade de Pedro, mas não de Jesus, e defendeu que a Paixão foi modelada a partir da morte de Estêvão. Para os primeiros cristãos, Jesus não era um homem, mas um cordeiro imolado, desde a criação do mundo. A biografia terrena de Jesus só surgiu no Século II. Jesus deus foi transformado em Jesus-homem no Século II. Portanto, não existia antes.

Georg Brandes, 1926, escreveu Jesus – Um Mito. Identificou o Apocalipse como formulação para o término do Antigo Testamento e o início do Novo Testamento (mundo cristão). Condenou a confusão entre escrita e fantasia na literatura, referindo-se à Bíblia. De acordo com Brandes, a literatura deve ser um órgão "dos pensamentos grandes da liberdade e do progresso da humanidade." [subentendido: não de mentiras nem fantasias]

Michael W. Smith – Década de 20, cientista americano da Escola de Tubingem, – Junto com J. Robertson, A. Niemojewski, A. Drews e P. Couchoud, estabeleceu que os Evangelhos datavam do Século II. Procurou demonstrar que o nome Jesus era um epíteto (inscrição em túmulos) aplicado ao deus hebraico Iahvé e se denominavam nazarenos. Para ele, o mito Jesus é pura alegoria.

Arthur Drews – Década de 20, Representante da escola Mitológica, colocou ao alcance dos leitores comuns as ideias e argumentos dos seus antecessores, tal como W. Smith e considerava que o cristianismo vinha do agnosticismo, doutrina mística da gnose, conhecimento da pretensa essência divina. Ou seja, nada de divino era aceitável, senão como mitos. Jesus, no máximo, era um homem comum, mas ainda tinha que provar isso.

Joseph Wheless, um advogado americano de 1926, criado no "Cinturão da Bíblia", destroçou as fantasias bíblicas. Escreveu "Palavra de Deus?" Uma Exposição das Fábulas e Mitologia da Bíblia e das Falácias da Teologia. Em 1930, escreveu Falsificações no Cristianismo. "As provas da minha acusação encontram-se na mais ampla retórica da história e credenciadas autoridades eclesiásticas, e em abundantes admissões incautas feitas pelos porta-vozes credenciados do Arguido. A minha tarefa é simplesmente reunir as provas documentais e expô-las diante dos olhos atônitos do leitor moderno, que é o principal mérito do meu trabalho."

Henri Delafosse, 1927, escreveu "As Cartas de Inácio de Antióquia". Em 1928, "Os Escritos de São Paulo" em Cristianismo. No livro, as Epístolas de Inácio são denunciadas como falsificações tardias.

L. Gordon Rylands, 1927, escreveu A Evolução do Cristianismo. Em 1935, escreveu Jesus Viveu? Livros que criticam o cristianismo e levantam questões sobre a sua existência real.


I. Iaroslavski – Na década de 30 publicou Como Nascem e Morrem os Deuses, obra crítica de valor sobre a origem do cristianismo. Depois da separação da Igreja e o Estado soviético e a Grande Revolução Socialista, historiadores da religião e do cristianismo tiveram pela primeira vez no mundo a possibilidade de estudar essas pergaminhos sagrados, antes arquivados em museus antirreligiosos. Antes disso,

Edouard Dujardin, 1938, escreveu Antiga História do Deus Jesus. (Histoire ancienne du dieu Jésus por Édouard Dujardin) 1927. Versão em Inglês resumido por A. Brodie Sanders – 1938 – Explica como Jesus já existia antes dele mesmo. Mitologia.

John J. Jackson, 1938, escreveu "Cristianismo Antes de Cristo", numa clara referência à nova invenção cristã, chamou atenção para precedentes egípcios das crenças cristãs, com histórias e até nomes muito semelhantes.

Alvin Boyd Kuhn, 1944, escreveu Quem É o Rei da Glória? Em 1970 escreveu Renascimento para o Cristianismo. "Jesus não foi uma pessoa, mas um símbolo da alma humana que existe em cada ser humano".

R. Vipper – Século XX Acadêmico – 1946, escreveu O Nascimento da Literatura Cristã e em 1956, Roma e o Cristianismo Primitivo, demonstrando a estreita ligação entre o Cristianismo e a ideologia mitológica do antigo mundo greco-romano. Demonstrou de modo convincente que o texto dos Evangelhos canônicos não podem ser anteriores a meados do Século II. E era firme na sua negação da existência do Cristianismo durante o Século I e na primeira metade do Século II.

A. Ranovitch – Século XX - Escritor – Obras sobre o início do Cristianismo Primitivo de 1933 a 1941. Investigando à luz da ciência histórica. A melhor monografia soviética sobre as origens cristãs. Apreciador dos trabalhos de R. Vipper que julgava os textos escritos dos Evangelhos canônicos e a própria constituição da Igreja Cristã, nunca pudesse ser anterior a meados do Século II.

Herbert Cutner, 1950, escreveu Jesus: Deus, Homem ou Mito? Natureza mítica de Jesus e o sumário do contínuo debate entre os mitologistas e os historicizantes. A hipótese mítica é uma tradição contínua, não nova. Cristo teve origens pagãs.

Papa Pio XII – Intervindo num Congresso Internacional de Historiadores realizado em Roma – 1955 – disse: "Para os católicos a questão da existência de Jesus depende da fé e não da ciência". Ele sabe que é mentira!...

A. Domini – Por volta de 1955. Investigador italiano declara estar absolutamente convencido de que os escritos dos essênios encontrados em Qumran no Mar Morto são o elo que faltava na longa cadeia de fatos que levou ao nascimento da religião cristã. Mesma opinião de P. Alfaric.

Georges Las Vergnas, 1956, escreveu Porque Deixei a Igreja Romana. Vigário geral da diocese de Limoges, que perdeu sua fé, argumenta que a figura central do cristianismo não tinha existência histórica.

Georges Ory, 1961, escreveu Uma Análise das Origens de Cristo. 68 pp Secular Society edition Limited (1961) .- Hypothese sur le Jean Baptiseur. 24 pp Paris: Cahiers du Cercle Ernest Renan, n º 10 (1956). Este escritor radical e negligenciado produziu numerosos tratados (20-50 páginas) para o Cahiers du Cercle Ernest Renan. Já em meados do século, Ory identificou João Batista como sendo Jesus porque outra hipótese não existia, e afirmou outras teses radicais. Seu trabalho é em grande parte não traduzido e difícil de encontrar na América do Norte, e menos ainda aqui na terra tupiniquim, mas hoje, com a Internet, a gente vai lá!.

Guy Fau, 1967, escreveu A Fábula de Jesus Cristo p.. 235. Luigi Cascioli e Guy Fau, ambos partidários da não-existência de Jesus, escreveram: não acredito que Plínio estava se referindo aos cristãos mas aos essênios (de Chrestus), em sua carta ao Imperador Trajano pedindo conselhos sobre como lidar com eles. [Isso mesmo].

John Allegro, 1970, escreveu O Cogumelo Sagrado e a Cruz. 1979, Os Manuscritos do Mar Morto e o Mito de Cristo. "Jesus não foi mais que um cogumelo mágico e a sua vida, a interpretação alegórica de um estado alterado de consciência" – escreveu. [―Consciência católica.

George Albert Wells, 1975, escreveu Jesus Existiu? 1988, A Evidência Histórica de Jesus. 1996, A Lenda de Jesus. 1998, Jesus Mito. 2004, Podemos Confiar no Novo Testamento? Considerações sobre a Confiabilidade dos Mais Antigos Testemunhos Cristãos. O Cristianismo surgiu da literatura sapiencial judaica. Em seus livros mais tardios, admite a possibilidade de influência de um pregador real.

Max Rieser, 1979, escreveu O Verdadeiro Fundador do Cristianismo e a Filosofia Helenística. O Cristianismo começou com os judeus da Diáspora e depois, retroativamente, ambientado na Palestina de antes de 70. O Cristianismo chegou por último à Palestina, e não primeiro – eis porque achados arqueológicos cristãos aparecem em Roma, mas não na Judéia, até o século IV.

Abelard Reuchlin, 1979, escreveu A Verdadeira Autoria do Novo Testamento. Teoria de Conspiração do melhor tipo: o aristocrata romano Arius Calpurnius Pisus (alias, ―Flavius Josephus‖) conspirou para ganhar o controle de todo o Império Romano através da invenção de uma religião inteiramente nova.

Iakov Lentsman, 1986, traduzido em Portugal, escreveu A Origem do Cristianismo. Livro que aborda detalhadamente os fatores que influíram diretamente na criação do cristianismo. Os personagens, escritores, teólogos, historiadores, escolas, as fontes, locais, fatos e literatura e conclui para o leitor sobre a impossibilidade da existência de Jesus Cristo ter sido real.

Hermann Detering, 1992, escreveu Cartas de Paulo sem Paulo?: As cartas de Paulo segundo os críticos radicais holandeses. Ministro religioso holandês adepto da antiga tradição dos radicais diz: Nem Jesus nem Paulo existiram.

Gary Courtney, 1992, 2004 escreveu Et tu, Judas? Então Caiu Jesus! A Paixão de Cristo é essencialmente a história de César sob um disfarce judaico, mesclada ao culto da morte/ressurreição de Átis. Fãs judaicos de César assimilaram do ―salvador da humanidade‖ ao ―servo sofredor‖ de Isaías.

Michael Kalopoulos, 1995, escreveu A Grande Mentira. Historiador grego que descobriu paralelos notavelmente semelhantes entre os textos bíblicos e a mitologia grega. Denunciou a natureza astuta, mentirosa e autoritária da religião.

Gerd Lüdemann, 1998, escreveu A Grande Ilusão: E o que Jesus Realmente Disse e Fez. 2002, Paulo: O Fundador do Cristianismo. 2004, A Ressurreição de Cristo: Uma Investigação Histórica. Depois de 25 anos de estudo, o professor alemão concluiu que Paulo, não Jesus, iniciou o Cristianismo. Lüdemann foi expulso da faculdade de teologia da Universidade de Göttingen por ousar dizer que a Ressurreição foi um ―pio auto-engano‖. Demais para a liberdade acadêmica.

Alvar Ellegard, 1999, escreveu Jesus, Cem Anos Antes de Cristo. O Cristianismo visto como originário da Igreja Essênia de Deus, com Jesus sendo um protótipo do Mestre da Virtude.

D. Murdock (―Acharya S‖) 1999, escreveu A Conspiração Cristã: A Maior Mentira Que Já Foi Vendida. 2004, Sóis de Deus: Krishna, Buda e Cristo Revelados. Adiciona uma dimensão astro-teológica à demolição do mito cristão. "Murdock identifica Jesus Cristo como uma divindade composta usada para unificar o Império Romano."

Earl Doherty, 1999, escreveu O Enigma de Jesus. O Cristianismo Primitivo Começou com um Cristo Mítico? Poderosa afirmação de como o Cristianismo começou como uma seita mística judaica, sem necessidade de Jesus!

Timothy Freke, Peter Gandy, 1999, escreveu Os Mistérios de Jesus. 2001, Jesus e a Deusa Perdida: Os Ensinamentos Secretos dos Cristãos Originais. Examina a relação próxima entre a história de Jesus e a de Osíris/Dionísio. Jesus e Maria Madalena são figuras míticas baseadas na dualidade Deus/Deusa do paganismo.

Harold Liedner, 2000, escreveu A Criação do Mito Cristão. Anacronismos e erros geográficos dos evangelhos denunciados. O Cristianismo é uma das fraudes mais bem-sucedidas da História.

Robert Price, 2000, escreveu Desconstruindo Jesus. 2003 O Incrível Encolhimento do Filho do Homem: Quão Confiável é a Tradição Evangélica? Ex-ministro e estudioso reputado, mostra como Jesus é o amálgama de diversos profetas do primeiro século, redentores de cultos de mistério e "aions" gnósticos.

Hal Childs, 2000, escreveu O Mito do Jesus Histórico e a Evolução da Consciência. O ataque de um psicoterapeuta ao deus-homem.

Michael Hoffman, 2000, filósofo e teórico da ―morte do ego‖ que descartou completamente a existência de um Jesus histórico.

Burton Mack, 2001, escreveu O Mito Cristão: Origens, Lógica e Legado. Formação social da criação do mito.

Luigi Cascioli, 2001, escreveu A Fábula de Cristo. Indicia o Papado por lucrar com uma fraude! [E fazer o mundo de bobo].

Frank R. Zindler, 2003, escreveu "O Jesus que os Judeus Nunca Conheceram: Sepher Toldoth Yeshu e a Busca por um Jesus Histórico em Fontes Judaicas". Sem evidências em fontes Judaicas que corroborem o Messias espectral.

La Sagesse – Século XX. Escritor competente e detalhista, conta amiúde, os acontecimentos históricos que deram origem ao cristianismo, detalhando e demonstrando que a história de Jesus Cristo é totalmente mitológica, ou seja, foi montada através de inspirações e mitos anteriores.

Alfredo Bernacchi, 2003, escritor brasileiro, ateu racional, por 50 anos religioso, acreditava na existência de Jesus. Pesquisou profundamente sobre o assunto e, invariavelmente, resultou em sua conclusão. Um livro revelador - "São todos uma farsa".

Daniel Unterbrink, 2004, escreveu "Judas, o Galileu: Carne e Sangue de Jesus". Paralelos entre o líder da revolta fiscal de 6 AD e o fantasma dos Evangelhos explorados em detalhe. "Judas é Jesus". Bem, pelo menos em parte, sem dúvida.

Tom Harpur, 2005, escreveu "O Cristo Pagão: Recuperando a Luz Perdida". Estudioso canadense do Novo Testamento e ex-padre anglicano que reafirma as ideias de Kuhn, Higgins e Massey. Jesus é um mito e as ideias originais do Cristianismo se originaram no Egito.

Francesco Carotta, 2005, escreveu "Jesus Era César: Sobre a Origem Juliana do Cristianismo". Exaustiva lista de paralelos. Estranhamente afirma que César era Jesus.

Joseph Atwill, 2005, escreveu "O Messias de César: A Conspiração Romana para Inventar Jesus". Outra análise das similaridades entre Josefo e os Evangelhos. Atwil argumenta que os conquistadores da Judéia, Vespasiano, Tito e Domiciano, usaram judeus helenizados para manufaturar os textos "Cristãos" para estabelecer uma alternativa pacífica ao judaísmo militante. Jesus foi Tito? Não creio.

Michel Onfray, 2005, escreveu "Tratado de Ateologia". Filósofo francês que defende o ateísmo positivo, desmistifica a existência histórica de Jesus, entre outras coisas.

Kenneth Humphreys, 2005, escreveu "Jesus Não Existiu". O livro deste site. Reúne as mais convincentes exposições sobre o suposto super-herói messiânico; O autor ambienta sua exegese dentro do contexto sócio-histórico de uma religião maligna em evolução.

Jay Raskin, 2006, escreveu "A Evolução de Cristo e dos Cristianismos". Acadêmico e ativo cineasta, Raskin olha além da cortina de fumaça oficial de Eusébio e encontra um Cristianismo fragmentário e um Cristo composto a partir de vários elementos do pensamento e da tradição antiga da criação do

Thomas L. Thompson, 2006, escreveu "O Mito do Messias". Teólogo, deão e historiador da Escola de Copenhague que concluiu que tanto Jesus como Davi são amálgamas de temas mitológicos do Oriente Médio originados na Idade do Bronze.

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Ora, esses escritores por unanimidade deixaram claro que os Evangelhos (a estória de Jesus) não existiam entre o início do primeiro século a meados do segundo e os que viveram no Século I, jamais ouviram falar de Jesus Cristo. Escritos ditos cristãos, como o Apocalipse de João, foi escrito em 68, mas não citava nenhum Jesus Cristo, e sim um ser espiritual identificado como o Cordeiro de Deus que possuía sete olhos e sete cornos. Por conclusão e juntando todas as demais suspeitas, conclui-se que os Evangelhos foram criados pelos sacerdotes romanos interessados em fundar uma nova religião que substituísse o judaísmo no Ocidente. Aproveitaram as várias tendências religiosas como o mitraísmo latente na época, os apologistas religiosos, os mitos hindus e egípcios, as lendas prontas do mito judeu essênio Chrestus e criaram o cristianismo, bem parecido, retroagindo o conto 150 anos para evitar contestações. É justamente essa retroação que deixou a pista para que os historiadores e investigadores descobrissem a mentira. Foram 150 anos que ninguém ouviu falar de Jesus Cristo. Justamente quando ele deveria ter vivido e ter sido mais conhecido pela história e, principalmente, pela sua peculiar vida de milagres e fatos impossíveis de acontecer, segundo a avaliação da nossa cultura contemporânea. Jesus não existiu. Eu, quando escrevi sobre a inexistência de Jesus, nem imaginei que tanta gente já soubesse disso. Pura ingenuidade. Há bem pouco tempo atrás, eu ainda acreditava nessa mentira. E menti também...

Alfredo Bernacchi

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